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Aborto: Criminoso pede foto de fetos para comprovar eficácia de medicação

Dezenas de mulheres trocavam mensagens em grupo de aborto na internet.

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Aborto
Embrião abortado (Foto: Direitos Reservados/Deposiphotos)

O mercado clandestino de medicamentos abortivos no Brasil tem crescido de forma assustadora em grupos nas redes sociais e aplicativos de conversas. Os criminosos alcançam com facilidade as mulheres que desejam interromper a gravidez e fazem as vendas de forma rápida.

Um dos bandidos pede para as clientes compartilharem fotos dos fetos expelidos a fim de comprovar que a substância vendida funciona, para seu próprio “controle de qualidade”.

O esquema é investigado pela Delegacia de Repressão a Crimes Virtuais (DRCC) e pela Polícia Civil de Goiânia. As informações apontam que um bando vendia medicamentos abortivos para quase todos os estados do Brasil, e em larga escala.

Dezenas de mulheres chegaram a postar fotos na plataforma de antes, durante e depois dos abortos provocados pelos medicamentos.

A identidade do suspeito não foi revelada pelos investigadores alegando violação à Lei de Abuso de Autoridade, ele chegou a ser alvo de mandado de busca e apreensão, realizado em fevereiro de 2021, mas não foi preso.

Mulheres trocam mensagens em grupo de aborto com Cytotec

“Grupo de alto ajuda [sic]. Aborto com cytotec original. Somente adm [administrador] que vende. Cuidado com golpeee… Não responsabilizamos por golpeee dentro do grupo!!!!!!”, dizia a descrição da comunidade.

Dentro do grupo as mulheres trocavam mensagens e compartilhavam suas experiências de aborto realizados com a medicação vendida pelo criminoso.

“Saiu um pequeno coágulo, bem grosso, mas foi só ele. O restante eu sangrei e parou. Aí senti dor de barriga, doeu demais. Aí eu fui dormir um pouco depois que tomei os últimos comprimidos agora, às 19 horas. E, agora, só sai um pouquinho de sangue, quase nada. E está escorrendo tipo uma água, mas não é muito”, relatou uma cliente.

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