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estudos bíblicos

A mordomia do tempo

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 8 do trimestre sobre “Tempo, Bens e Talentos”.

em

Relógio. (Foto: Free-Photos por Pixabay)

II. A mordomia do tempo

1. Remindo o tempo

Tanto em Efésios 5.16 como em Colossenses 4.5, o apóstolo Paulo instrui os crentes a “remir” o tempo. No grego, o verbo é exagorazo, que literalmente diz respeito a resgatar do poder de outra pessoa por meio de um pagamento; é comprar para si e levar para fora do mercado (como quem comprava um escravo). É a mesma palavra que Paulo usa em Gálatas 3.13 e 4.5 para dizer que Cristo nos resgatou da maldição da lei.

No contexto paulino, quanto à mordomia do tempo, esta palavra dá a ideia de tomar o controle do nosso tempo, isto é, valorizá-lo e usá-lo sabiamente, ao invés de desperdiça-lo. Por isso que algumas versões bíblicas já traduziram aqueles textos numa linguagem mais próxima da que nos é usual, dizendo: “…aproveitando bem cada oportunidade…”.

Há um provérbio chinês que diz: “Existem três coisas que não voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida”. Deus, em sua misericórdia, nos dá reiteradas oportunidades na vida para escolhermos, fazermos e vivermos o que é certo. Todavia, de fato, há oportunidades que são ímpares! Desperdiça-las é mesmo uma falta de bom senso. Billy Graham, considerado maior evangelista do século passado, dizia: “Não despreze a sua vida, e não aceite nada menos que o plano de Deus para você”. Valorizemos este bem tão precioso e caro que é o tempo, e façamos o melhor uso dele possível!

2. Contar o tempo

No famoso Salmo de Moisés, aquele grande líder de Israel pedia a Deus: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12). Essa é uma petição por sabedoria, de alguém que tem senso de responsabilidade com o tempo que lhe foi dado por Deus. “Contar os dias” neste texto não quer dizer ir contando: primeiro dia de vida, segundo dia de vida, terceiro… e assim até a morte. Não! O que Moisés está pedindo é que o Senhor ajude os homens a perceberem a efemeridade do tempo de cada um, isto é, que lhes dê sabedoria para compreenderem a limitação da vida, e como devem temer a Deus.

Todos nós já ouvimos ou já dissemos a expressão “O tempo voa”, ou “as horas estão passando muito rápido” ou ainda “janeiro mal chegou e já estamos indo pra dezembro”, e outras semelhantes que demonstram nossa perplexidade diante da brevidade da vida. Infelizmente não são poucos os que têm ignorado a finitude da existência na terra (ainda que a alma seja imortal e nossa vida continue além da morte), e, então, desperdiçam as oportunidades de viver para a glória de Deus. Vivem para si mesmos, satisfazendo seus próprios deleites, achando que a vida nunca acabará, quando de repente a morte bate-lhes a porta!

A ilustração abaixo, trata de um homem que não fez boa mordomia do tempo. Creio que você já deve ter visto essa imagem alguma vez, já que ela tem sido usada há décadas em panfletos evangelísticos. É uma mensagem muito forte contra o “desperdício de tempo na ilusão do pecado”:

Imagem que ilustra a realidade dos que não vivem para Deus

3. A prestação de contas

Visto que Deus é Senhor do tempo, somos mordomos a quem Ele pedirá contas tanto do que pensamos e falamos quanto do que fizemos ou do que nos omitimos no tempo que Ele nos deu. E quanto mais vivemos, mais a nossa responsabilidade, já que Deus não nos dá oportunidades em vão. Ao findar o livro de Eclesiastes, Salomão adverte:

“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Ec 12.13,14).

Se Deus pedirá contas do nosso tempo, é urgente que respondamos a esta pergunta: Que ocupação é a tua? (Jn 1.8)

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