Siga-nos!

estudos bíblicos

A mordomia das finanças

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 10 do trimestre sobre “Tempo, Bens e Talentos”.

em

Dinheiro e mudas de árvores. (Foto: Nattanan Kanchanaprat / Pixabay)

III. Como o cristão deve utilizar o dinheiro

1. No orçamento familiar

O trabalho só vale a pena se dele pudermos tirar provisões para nossa casa. Tanto marido quanto mulher, e ainda também os filhos que trabalham, devem todos contribuir financeiramente para o orçamento doméstico, custeando as despesas comuns: água, energia, internet, alimento, higiene, etc. Não é justo que o trabalhador seja em casa só “consumidor”, mas não “colaborador”, e gaste seus ganhos apenas consigo mesmo e com amigos ou projetos extrafamiliares!

Não nos esqueçamos da séria advertência paulina: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior que o infiel” (1Tm 5.8). Observe que a mulher virtuosa de Provérbios 31 traz provisões para dentro de casa, auxiliando seu marido. Observe também que o homem bem-aventurado do Salmo 128 come em casa, acompanhado da esposa e dos filhos, do fruto do seu trabalho. E observe ainda que aos filhos é ordenado honrarem seu pai e sua mãe (Ef 6.1-3), e também “recompensar seus pais” (1Tm 5.4). Ora, não deve esta honra e recompensa dos filhos passar pela retribuição financeira e auxílio no orçamento doméstico? Portanto, pecam aqueles que gastam todo seu salário fora de casa ou partilham apenas migalhas com sua família!

2. Na igreja do Senhor

Este ponto já foi satisfatoriamente estudado quando na Lição 7 tratamos sobre “A mordomia dos dízimos e das ofertas”. Apenas sintetizo aqui que assim como participamos do orçamento doméstico, devemos participar do orçamento eclesiástico, visto que igualmente consumimos dos bens materiais e, ainda mais, dos bens espirituais nas nossas igrejas locais.

Há quem se queixe que o assunto “dízimos e ofertas” não é claramente ordenado pelos apóstolos de Cristo. Mas se é base neotestamentária que os tais procuram, então que ao menos coloquem em prática este imperativo paulino: “E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui” (Gl 6.6, ARC). A propósito, você tem repartido de seus bens com a igreja onde seu pastor e professores da Escola Dominical lhe instruem? Não falta base neotestamentária para este assunto, falta mesmo é amor, generosidade e liberalidade no coração de muitos crentes!

3. Na sociedade civil

Em seu sermão O uso do dinheiro, o famoso pregador inglês John Wesley nos ensina um método interessante para a verdadeira prosperidade financeira, e que é bíblica, ressaltando inclusive a generosidade para com os que estiverem em necessidade. Dizia aquele pregador metodista: “Tendo ganhado e economizado, em um sentido correto, tudo que puderem; a despeito da natureza, costume, e prudência mundana, deem tudo que vocês puderem. Vou chamar esse método de “O GPS de Wesley” ou “O GPS das finanças”:

Ganhar (como salário) o máximo possível,
Poupar (como economia) o máximo possível,
Servir (como partilha ao necessitado) o máximo possível.

Creio que esse método simples é devidamente bíblico e muito eficiente! Como mordomos das finanças, precisamos buscar ganhar (sem louca ganância) o melhor salário que nos é possível; poupar (sem tola mesquinharia) todas economias que forem possíveis, levando em conta que imprevistos e más eventualidades podem acontecer (desemprego, enfermidade, acidente, etc.); e servir (“jamais esquecendo dos pobres” – Gl 2.10) aqueles que vierem a necessitar, seja nossa família, igreja local ou amigos.

O apóstolo Paulo instrui que aqueles que foram agraciados por Deus com riquezas terrenas devem praticar o bem e serem ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir (1Tm 6.18). E com uma promessa, sob inspiração divina: “Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme fundamento para a era que há de vir, e assim alcançarão a verdadeira vida” (v. 19). Agora já sabemos como “acumular tesouros nos céus”, como dizia Jesus: é usando os tesouros terrenos para fazer o bem aos que precisam, exercendo generosidade e demonstrando amor!

Você é parceiro de algum projeto social na sua igreja ou na sua cidade? Já experimentou ser mantenedor de uma instituição de caridade? Talvez você se justifique dizendo que seu dinheiro é curto até mesmo para as despesas de casa; mas eu lhe respondo pela Bíblia: “A alma generosa prosperará, e quem dá alívio aos outros, alívio receberá” (Pv 11.25), e “Deus é poderoso para fazer que lhe seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transborde em toda boa obra” (2Co 9.8). Você crê na Palavra de Deus, irmão? Então pratique-a e tome posse das promessas que são para você!

Conclusão

Numa nota de 0 a 10, como você avaliaria sua administração das finanças? Seja sincero. Se sua avaliação está na faixa dos 8 a 10, glórias a Deus por isso, e prossiga melhorando, corrigindo maus usos do seu dinheiro. Se sua nota está entre 6 e 7, você precisa melhorar muito, tomando firmes decisões na vida (cortando gastos supérfluos, aplicando suas economias em coisas realmente úteis para toda sua casa e livrando-se das dívidas).

Agora, se sua autoavaliação está abaixo de 6, então você precisa de um milagre urgente! Mas faça a sua parte, como a viúva de quem os credores queriam tomar os filhos como escravos (2Re 4.1-7): ela recebeu de Deus a multiplicação do azeite, mas precisou vender (trabalhar), pagar as dívidas (livrar-se de sua maior aflição) e então viver dignamente do resto ao lado dos filhos. Em oração, peça o socorro de Deus; e quando este socorro vier, não seja negligente, trabalhe corajosamente, cumpra seus compromissos financeiros, seja mais prudente daí pra frente na administração das finanças e finalmente desfrute de tranquilidade em sua família. Deus vai lhe ajudar.

Páginas: 1 2 3

Trending