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A igreja e a internet

Pregamos nos púlpitos que a internet e a vida digitalizada são um mal para o homem moderno, mas não fazemos nada para reverter a situação com conteúdo e com ocupação deste ambiente com a Boa Nova

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Internet. (Foto: Leon Seibert / Unsplash)

Voltei ao Brasil após três meses de uma experiência muito rica nos Estados Unidos. Neste tempo, participei de alguns eventos importantes sobre comunicação cristã por lá, pude visitar algumas igrejas bastante interessantes e, de fato, trouxe alguns aprendizados, pensamentos e reflexões.

Um deles é que estamos chegando muito perto das três décadas de contato com a internet comercial no Brasil e, dentro do ambiente cristão, ainda não conseguimos nos apropriar deste assunto com o olhar missional.

Você já pensou que a internet é um campo missionário ávido por receber redenção por meio de Jesus Cristo?

Tenho ouvido muitas histórias e relatos de líderes de igrejas que ainda entendem a internet e o ambiente digital como um ofensor da fé. Confesso que tenho muita resistência quando ouço pregações ou conversas que me apresentam esse ponto de vista em pleno 2019.

“Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno”, diz 1 João 5:19 e essa afirmação não separa compartimentos de nossa vida. O pecado consumiu-nos, ao mundo e precisamos, a partir da graça redentora de Jesus, afirmarmos todos os dias que somos Dele e vivemos para Ele! Isso, no mundo físico e no mundo virtual.

Mas por quê as igrejas, principalmente aqui no Brasil, criam aversão ao ambiente digital em suas pregações, ao mesmo tempo que estão ocupando as redes sociais com cartazes ao melhor estilo lambe-lambe digital promovendo eventos, eventos e eventos? Sim, você entendeu corretamente o que falei.

Pregamos nos púlpitos que a internet e a vida digitalizada são um mal para o homem moderno, mas não fazemos nada para reverter a situação com conteúdo e com ocupação deste ambiente com a Boa Nova. Seguimos apenas aumentando a quantidade de informações efêmeras e “descartáveis” nas timelines.

O que quero dizer com isso é que as igrejas estão, sim, trabalhando a internet de forma errada. O “IDE” ficou muito mais simples, muito mais impactante e com potencial arrasador se entendermos a internet e o mundo digital como um campo missionário que precisa receber Jesus.

Ainda não há grandes iniciativas que busquem transformar ou interferir na rotina de navegação das pessoas; há poucas iniciativas que interrompam um mal hábito ou vício digital e, por fim, as igrejas estão omissas quando o assunto é evangelizar na internet.

Nem precisamos comentar que, inclusive, as igrejas abdicam do uso de tecnologia no contexto de culto.

Uma minoria esmagadora das igrejas estão dispostas a gastar seu tempo desenvolvendo conteúdos e ações que construam relacionamento, que ensinem de forma correta e coerente a Bíblia e, infelizmente, também há pouco interesse em disponibilizar recursos para áreas de comunicação e criatividade criarem soluções de pastoreio digital. O olhar está no lambe-lambe online e isso não transforma vidas!

Voltando ao que vi e ouvi nos Estados Unidos, acho que temos muito o que importar da terra do Tio Sam quando o assunto é comunicação, inovação e criatividade a serviço do Reino de Deus. Eles já entenderam e estão fazendo muito nesse campo, o digital!

Te convido a conhecer o cvoutreach.com.br para entender como ações digitais podem conectar pessoas a Jesus e igrejas a pessoas que precisam ouvir e aprender mais sobre Jesus. Apenas um exemplo para te provocar e inspirar a sonhar com esse campo fértil e necessitado de missionários!

Nasceu em São Paulo, casado com a Viviana e pai da Maria Luiza. Jornalista e publicitário com passagens por algumas das principais empresas do mercado editorial, de comunicação e multinacionais de publicidade no Brasil. É fundador da consultoria de comunicação para igrejas ChurchCOM e é autor do livro Marketing Cristão

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